Semi-Final de libertadores – Você está fazendo isso errado.
Um time que chega a uma semi-final de libertadores é um time bem armado e que sabe o que quer dentro de uma partida.
Inter 1 x 0 São Paulo – Se você também entende futebol por este lado, com certeza pensa diferente do Sr. Ricardo Gomes. Um time semi-finalista da libertadores não pode entrar em campo para empatar ou perder de pouco. Não se entra em campo em uma semi-final de um evento sul americano apostando em qualquer coisa, ou na sorte.
Times como Suíça, Itália de 2006 e até a NOVA ZELÂNDIA tinham um padrão tático definido, apesar da retranca predominante. Sabiam sair para o ataque, tinham uma saída ensaiada ou ao menos já sabiam o que fazer com a bola.
O São Paulo de hoje não sabia.
O tricolor entrou com o mesmo time de sempre, que encarou o Cruzeiro antes da copa e fez boas partidas. Mas a copa do mundo não fez muito bem para muitos jogadores, não me pergunte o porque.
O tricolor defendeu-se absurdamente mais do que o necessário. Prender a bola consigo é muito mais eficiente para não tomar gols do que ficar com 11 atrás.
Sim, estávamos com onze jogadores atrás da linha da bola, com os Alas do “3-5-2” jogando como laterais. Algo como uma tática 5-3-2 em que todos ajudam e poucos avançam.
A maioria das vezes em que o São Paulo recuperou a bola, chutou para frente sem o menor propósito de domina-la mais adiante. Quando tentava sair jogando, faltava tabelas, passagens, triangulações. Faltava TUDO.
E com essa falta de tudo, não chutamos sequer uma bola ao gol do Inter o primeiro tempo inteiro.
Mesmo com “5 zagueiros”, Taison infernizou a ala direita tricolor. Jean não deu conta, apanhou muito do atacante colorado. Quando Rodrigo Souto ia ajudar, apanhava junto. A sorte do São Paulo era a falta de inspiração para finalização do Inter, que pouco chutava a gol.
No segundo tempo o jogo não mudou nada. Até o gol do Internacional.
Uma bola na área, meio bate-e-rebate-falta-não-marcada, sobrando para Giuliano, mostrando que tem estrela de sobra.
Após o gol, o Inter mostrou que também tem medo, e mesmo jogando em casa, se retrancou. Ai sim o time da capital paulista começou a atacar, coisa que deveria ter feito desde o começo.
O mais absurdo foi a entrada de C. Santana! O cara não vem jogando NADA há muito tempo. É lento, erra passes e não tem o mínimo comprometimento em campo. A segunda alteração foi mais efetiva, com a saída de Dagoberto e a entrada do Ricardo Oliveira, o tricolor avançou ainda mais.
Mas nada deu certo, para variar. Chutes bizonhos de fora da área e jogadas mal ensaiadas e nunca treinadas.
Fernandinho entrou no final, mas já era tarde para o nosso fominha favorito decidir algo. Até fez boas jogadas, mostrando que deveria ter entrado antes, pela velocidade que teria para os contra-ataques.
O jogo acabou assim, 1 x 0 para os donos da casa e sentimento de “sem jogo” para os tricolores. O São Paulo não jogou e isso pode custar caro.
Se o Inter fizer um gol aqui no Morumbi, teremos que fazer 3. Abdicar de jogar fora de casa, com o gol fora valendo tanto, pode destruir o nosso sonho.
Mas ainda dá, porque tem mais 90 minutos e qualquer coisa pode acontecer. O tricolor tem time pra ganhar de mais de 2 gols de diferença do Inter aqui no Morumba. Acreditemos.
E antes das notas, minha análise de 8 segundos sobre o time tricolor de hoje:
Rogério Ceni – Não teve culpa no gol e fez boas defesas – 9
Richarlyson – Afobado na marcação, mas não teve que trabalhar muito na esquerda. – 7
Miranda – Perfeito na marcação, aguentou bem o jogo inteiro. – 9
Alex Silva – Idem ao Miranda – 9
Rodrigo Souto – Muito consciente. Falhou em uma vez contra o Taison, mas mérito do atacante. – 8
Jean – Bizonho na marcação na direita da defesa. Perdeu 90% das bolas para o Taison e não apoiou nem em sonho – 5
Júnior César – Perfeito na marcação, raça e disposição. Pouco subiu e quando subia ninguém abria pra ele – 8
Marlos – Sumido. Tentou algumas arrancadas e nada. – 6
Hernanes – Uma jogada de ataque apenas. Pra ele é muito pouco. Marcou bem. – 7
Fernandão – Deu dó. Chutões pra frente e poucas bolas no pé. Quando chegava no pé ele errou. – 7
Dagoberto – Deu alguma velocidade no time, em algumas oportunidades, mas se via refém do vento ao seu lado. Ninguém apoiava e dava opções de passe – 7
Cléber Santana – Lento e feio. – 6
Ricardo Oliveira – MUITA vontade de marcar. Queria bater as faltas rápido e se entregou máximo do tempo. Espero sinceramente que seja titular na próxima quinta. – 8
Fernandinho – Entrou bem, mas como sempre, faltou qualidade na hora de passar a bola ou chutar em gol. 7
Abraços e esperemos um jogo TOTALMENTE diferente na quinta que vem. Caso contrário, senhor Ricardo Gomes está fora.
Avante tricolor.
Oia o Logo do canal Versus, da ESPN! É o canal que transmite a Indy 😛
To vendo que o jogo acabou sendo aquilo que imaginei mesmo. Pensa que o consolo é que perdeu fora.
Vencer o Cruzeiro deu uma dose de ânimo e confiança ao SP, mas ela não resistiu à Copa, enquanto que o Internacional renasceu nesse período.
Sei não, acho bem difícil o Internacional não marcar gol na próxima quinta.
Mas cari, o problema todo não foi perder fora. Perder no Beira Rio é um resultado totalmente normal.
Mas entrar como a Nova Zelândia que foi preocupante. Nunca tinha visto o tricolor assim, nem na época do Muricy.
E o Inter marca 1 no Morumbi, quase certeza. Temos que fazer 3.